DÁ INSTRUÇÃO AO SÁBIO, E ELE SE FARÁ MAIS SÁBIO AINDA; ENSINA AO JUSTO, E ELE CRESCERÁ EM PRUDÊNCIA. NÃO REPREENDAS O ESCARNECEDOR, PARA QUE TE NÃO ABORREÇA; REPREENDE O SÁBIO, E ELE TE AMARÁ. (Pv 9.8,9)

domingo, 30 de dezembro de 2007

Os Decretos Divinos e a Origem do Mal (IV)

“Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste;
cheia está a terra das tuas riquezas”

A Natureza dos Decretos Divinos


Antes de verificarmos o alcance dos decretos divinos é necessário compreendermos a estreita relação entre os decretos e a natureza de Deus. Os decretos são:

Imutáveis, pois baseiam-se na onisciência, presciência, sabedoria e imutabilidade divina: “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antigüidade, as cousas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.10; 14.26-27; Sl 33.11). O Senhor não muda o seu plano, pois é fiel e verdadeiro. De acordo com Agostinho:

“Deus não deseja uma coisa agora e outra, daqui a pouco; mas de uma vez só, e imediatamente, e sempre, Ele deseja todas as coisas que Ele deseja; não repetidas vezes, agora isto, depois aquilo; nem deseja depois o que antes não queria; nem não deseja o que antes desejava; porque tal tipo de vontade é mutável; e nenhuma coisa mutável é eterna”.
[1]

Exeqüíveis, pois tudo o que Deus, no seu eterno conselho decretou, é factível: “ Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.” (Is 46.11b; 14.26-27).

Inquestionáveis, “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes.” (Dn 4.35).

Absolutos, o decreto não depende, em nenhuma de suas particularidades, de qualquer coisa que lhe seja externa, como, por exemplo, das ações livres das criaturas morais e racionais, da desobediência ou fé previstas. Deus não só determinou o que vai acontecer, mas também em que condições será realizado (At 2.23; Ef 2.8; 1 Pe 1. 2). [2]

Fundamentados na sabedoria divina, “.. segundo o propósito daquele que faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; cf 3.10,11). Embora o estudo dos decretos divinos leve-nos a muitos labirintos, é certo que Deus elaborou Seu plano com sabedoria. O poeta entoa no Salmo 104.24: “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas”
[3].

Eternos, isto é, Deus criou o seu decreto na eternidade, embora a sua execução seja no tempo. Sendo o decreto eterno, todas as suas partes são, na mente de Deus, uma única intuição, embora na sua realização haja sucessão. É assim que o decreto, aparece sempre no singular, uma vez que Deus tem apenas um único plano todo inclusivo. O decreto é antes do princípio do tempo, mas sua realização acontece no curso da historicidade humana. É nessa projeção que Pedro vê a efetuação do plano salvífico em Cristo: “Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” (1 Pe 1.20). No entanto, o decreto não é eterno, no sentido em que Deus é eterno, pois resulta da livre e soberano vontade de Deus. Tudo o que transpirou no tempo foi decretado desde a eternidade por Deus. Alguns eventos decretados ocorrem mediante a agência divina, tais como a eleição, a criação, a regeneração, e a encarnação do Verbo. Outros são realizados na história mediante a atuação direta do homem, como por exemplo, na crucificação de Jesus Cristo.

Livres, as Escrituras asseveram: “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como o seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho do entendimento?” (Is 40.13,14).
Suas determinações não foram influenciadas por nenhum outro ser.
Permissivos no campo moral e espiritual. Podemos afirmar que o decreto divino – considerando aquilo que é bom em oposição àquilo que é mal – pode ser dividido em dois aspectos: por designação e permissão divina. É a segunda categoria que trata do chamado decreto permissivo. O decreto de Deus com relação ao pecado é chamado de permissivo, porque não podemos admitir:

Que Deus tenha desejado o mal para suas criaturas. O ato de Deus saber que o homem pecaria não o faz responsável pelo pecado ou mal moral. Se Deus não é o autor do pecado, então de onde procede o mal? Na verdade, o ato de você saber que uma pessoa vai errar não lhe faz responsável pelo erro. Suponhamos que você observa um indivíduo que constantemente atravessa uma rodovia movimentada sem respeitar a sinalização de trânsito. Você sabe que isso é errado, mas, se num desses dias, ele atravessar e sofrer um acidente, você se sentiria culpado por isso? Ou você dirá: “eu sabia que isto, um dia ou outro, iria acontecer”. O ato de Deus saber que o homem iria pecar, não o faz responsável pelo pecado, visto que o pecado é anterior a criatura humana, mas não à criação. Não é parte da criação perfeita de Deus, mas uma realidade introduzida na criação pela própria criatura. É a rebelião voluntária da criatura contra a vontade revelada de Deus (Tg 1.13,14). Assim mesmo, como poderia ser Deus o autor do pecado e daí condenar o homem a um inferno sem fim por fazer aquilo que Ele o havia induzido? A filosofia de que Deus é o autor do pecado porque sabia que o homem haveria de pecar, é antibíblica e repugna a perfeição dos atributos divinos. Mas, como afirma Thiessen:

“Baseado em Seu sábio e santo conselho, Ele decretou permitir que o pecado viesse. Isto Ele fez à luz do que sabia que a natureza do pecado viria a ser; do que sabia que o pecado faria à criatura; e do que sabia que teria que fazer para salvar quem quer que fosse” .[4]

Se é correto o decreto permissivo acerca do pecado, também o é, da derrota do pecado. Ele decretou permiti-lo, mas também derrotá-lo pelo bem (Gn 50.20; Sl 33.10,11; Sl 76.10; Dn 3.19-30; Fp 1.19,20). Em cada um destes textos, o pecado é derrotado pelo bem. Conforme Berkhof:

“O decreto de Deus com referência ao pecado é comumente chamado decreto permissivo. Torna o ato pecaminoso futuro absolutamente certo, mas não significa que Deus, por Seu próprio ato, o fará acontecer. Deus decretou não impedir o ato pecaminoso da auto-determinação da criatura, mas regular e controlar os seus resultados (Sl 78.29; 105.15; At 14.16; 17.30)”. [5]

Para abordarmos o tema sobre a origem do pecado e o problema do mal é necessário percorremos os corredores lexicográficos das Escrituras.

Notas

[1] Confess. XII, xv.
[2] L.BERKHOF. Manual de Doutrina Cristã, p.84 .
[3] Ibid.
[4] Teologia Sistemática, p. 101
[5] Manual de Doutrina Cristã, p. 85Notas

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Os Decretos de Deus e a Origem do Mal (III)



Mysterion

Fabris [1], traduz mysterion por “projeto secreto”. Este projeto oculto é especificado em Colossenses pelo genitivo “mistério de Deus, Cristo” (2.2) e “mistério de Cristo” (4.3). Em 1.27, Paulo explica esta fórmula técnica dizendo: “isto é, Cristo em vós, a esperança da glória.” Segundo Paulo (Cl 1.26), esse mistério esteve “ oculto dos séculos e das gerações”, mas sempre existiu no plano divino. A esse projeto existente, anterior a criação do próprio tempo é que chamamos de decreto divino, pois “vindo, porém, a plenitude do tempo (ou seja, cumprindo-se o tempo determinado por Deus), Deus enviou seu Filho” (Gl 4.4), “o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos” (Cl 1.26).

Os protagonistas do mistério são: Deus, que tem a iniciativa de projetar ou decretar o plano salvífico; o Messias que está no centro do mistério revelado, constituindo ele mesmo, o "mistério oculto-revelado"; os cristãos aos quais é revelado o mistério, ou que dele devem tomar “conhecimento”; e o apóstolo Paulo como mediador histórico encarregado por Deus de revelar e proclamar o mistério [2]. O mysterion, de fato, está associado a duas áreas semânticas bem definidas: a da “revelação”, delimitada pelos verbos afins – “manifestar” (ephanerothe - Cl 1.26); “dar a conhecer” (gnorísai – 1.27) – e a do “anúncio ou proclamação”, delimitada pelos verbos “anunciar” (katangelo – 1.28 [4.3]), e “falar, proclamar” (laleo – 4.3,4).

Isto posto, o decreto divino foi auto-revelado na pessoa de Cristo, anunciado aos homens, e registrado nas Escrituras, ao cumprir-se o tempo determinado, isto é, “a plenitude dos tempos”.


Proorizo
O semantema
[3] do vocábulo proorizo (pro), significa “prévio”; o verbo proorao quer dizer “ver previamente” (At 21.29), “prever” (At 2.31;Gl 3.8), “ver adiante de si; ter à frente dos olhos” (At 2.25). Proorizo traduz-se literalmente por “decidir previamente”, ou ainda, “predestinar” (At 4.28; Rm 8.29s; 1 Co 2.7; Ef 1.5,11)[4].

Fabris, traduz a expressão de Ef 1.5, por “Ele tinha estabelecido tornar-nos seus filhos”[5]. O vocábulo indica uma atividade ou um plano que foi feito antes de sua execução. Deus, por um ato livre de sua incomensurável bondade, determinou previamente que todos os que foram eleitos em Cristo, participassem da co-filiação com o Filho (Ef 1.5 [6]). Essa participação depende da posição do indivíduo em Cristo, e não independente dEle, pois a preposição genitiva diá, isto é, “por meio de” subordina o acusativo “adoção”, ao genitivo Jesus Cristo.

Portanto, em Cristo, fomos:

a) Escolhidos ou eleitos, “antes da fundação do mundo” - que equivale a dizer que a eleição se alicerça sobre a vontade divina, ou seja, é estabelecida segundo o projeto divino e não sobre o mérito humano, pois a escolha foi feita antes do tempo, na eternidade, a fim de sermos “santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.4);

b) Predestinados para sermos filhos de adoção (adoção, filiação, herdeiro) – Deus estabeleceu previamente que todos os eleitos em Cristo seriam também filhos, gozando da mesma relação filial que possui o Primogênito, “modelo e fonte da filiação de todos os demais filhos” (Ef 1.5). Esta “predestinação filial”, não se baseia em qualquer ato e mérito humano, ao contrário, “segundo o beneplácito de sua [Deus] vontade”. Dois termos sinonímicos são combinados a fim de reforçar a posição de que a “predestinação filial” baseia-se unicamente num ato soberano de Deus: beneplácito (eudokian), pode ser traduzido por “boa vontade” (Fp 1.15; 2.13) ou “favor” (Mt 11.26; Lc 10.21; Ef 1.5) e, thelêmatos, que significa “vontade” (Mt 6.10; Ef 1.9), ou “desejo” (1 Co 7.37). O vocábulo boule é termo geral para designar os decretos de Deus, indicando o fato de que baseiam-se no propósito e desígnio do próprio Deus, isto é, ato deliberativo (At 2.23; 4.28). O termo thelema, entretanto, aplicada aos decretos de Deus, dá ênfase ao elemento volitivo em vez do deliberativo. O vocábulo eudokia, por outro lado, acentua, segundo Berkhof [7], “mais particularmente a liberdade do propósito de Deus”. Por conseguinte, a predestinação consiste no estabelecimento do propósito do próprio Deus. Origina-se do amor divino, sendo mediada pelo Senhor Jesus e, sua aplicação recai sobre aqueles que estão em Cristo. Somos, então, predestinados gratuitamente para o Senhor através de Cristo, segundo a vontade do próprio Deus e louvor da sua glória.

c) Redimidos e remidos dos nossos pecados. A terceira bênção concedida pela iniciativa de Deus em nos eleger em Cristo, é a redenção através do sangue de Cristo.

Natureza e Alcance dos Decretos Divinos
Os atributos de Deus classificam-se em transcendentes e imanentes. Os transcendentes pertencem a Deus como Espírito Infinito e Eterno, enquanto os imanentes, chamados também de morais, revelam-se no mundo moral e existencial. Enquanto os transcendentes caracterizam-se, em essência, naquilo que Deus é internamente e, por isso, incomunicáveis – apesar da obra da criação vir a existência através da ação de alguns destes – os imanentes, manifestam-se externamente no trato com as obras da criação, sobretudo, o homem. No que diz respeito a obra geral da criação, os decretos divinos estão relacionados com essa segunda ordem de atributos.


Continua...

Notas
[1] Ibid. p. 147
[2] Ibid., p.115
[3] é o elemento significativo da palavra, isto é, a raiz.
[4] Gingrich & Danker, Léxico do N.T. Grego/Potruguês
[5] As Cartas de Paulo (III), passim
[6] Fabris, p.151
[7] Teologia Sistemática, p.103

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Os Decretos Divinos e a Origem do Mal (II)



Terminologia Bíblica para os Decretos de Deus

Apesar de não encontrarmos nas Sagradas Escrituras a expressão “decretos de Deus”, a doutrina e sua sistematização não deixa de ser correlativo a elas. Seguindo a logia de Berkhof , “Não são descritas abstratamente na Escritura, mas são colocadas diante de nós em suas concretização histórica” [1]. Os decretos divinos são observados em conluio com a revelação progressiva de Deus na história e, não independente dela. Só podemos saber, portanto, através de uma revelação especial de Deus na historicidade humana.

Termos Bíblicos
A Escritura vetero e neotestamentária emprega diversos vocábulos que traduzem corretamente o sentido doutrinário e teológico dos decretos de Deus.

No Antigo Testamento
Os vocábulos no AT são usados em dois sentidos básicos: os que acentuam o elemento intelectual do decreto e, os termos que salientam o elemento volitivo [2].

Etsah, de yaats, lit. aconselhar, dar aviso. O lexema é usado em 38.2, é traduzido na ARA por desígnio, na ARC por conselho e, na TEB por providência. Desígnio refere-se ao plano, providência de Deus ou ao conselho dado por um sábio [3]. Em Isaías 46.11 o Senhor afirma: “ O que eu disse, eu o cumprirei; formei o plano, e o executarei”. (ECR).
Sod, de yasad, lit. sentar-se junto para deliberação. Particularmente, Jeremias 23.18,22 fala-se de decisões tomadas na corte celestial ignoradas pelos falsos profetas.

Mezimmah, de zamam, lit. meditar, ter em mente, propor-se a. É o que ocorre em Jeremias 4.28 “..porque falei, resolvi e não me arrependo, nem me retrato” (cf. 51.12).
Hõq, lit. mandamentos, decretos. É um dos termos mais próximos na Bíblia, àquilo que os teólogos chamam de “decretos divinos”. O termo aparece em diversos textos das Escrituras das quais as mais importantes estão no Salmo acróstico 119. 5,8.12,: “Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca”; “Cumprirei os teus decretos”; “ensina-me os teus preceitos”.

Cada um dos termos acima acentuam o elemento intelectual do decreto divino, a seguir observaremos os que salientam o elemento volitivo.

Shophet, lit. inclinação, vontade, beneplácito. Em Isaías 53.10 o termo é usado para designar o ato da vontade permissiva de Deus que permitiu que Cristo sofresse a favor dos pecadores: “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo”. A idéia corrente por trás desse texto é que ao sofrer, o servo sofredor e, seus carrascos, estavam cumprindo um propósito determinado anteriormente por Deus (vide v.6).

Ratson, lit. agradar, deleitar-se. Deus só pode se satisfazer com aquilo mesmo que ele determinou para seu deleite. Isto denota vontade soberana, deleite ou beneplácito (Sl 51.19).

Novo Testamento
O texto grego do Novo Testamento contém numerosos e significativos vocábulos, entre eles:
Boule. Este termo ocorre em diversos textos neotestamentários significativos ao estudo em apreço. O significado primário deste lexema é conselho, resolução, desígnio, propósito e projeto. O vocábulo é usado principalmente para referir-se à crucificação como parte do plano divino relativo ao Messias.

Em Atos 2.23, Pedro afirma: “ Sendo este entregue pelo determinado desígnio (boule) e presciência (prognosei) de Deus”. ARC, traduz por “determinado conselho”, a NVI por “propósito determinado e pré-conhecimento de Deus” , a TEB por “plano bem-determinado da presciência de Deus”.

Neste texto o desígnio ou propósito de Deus está associado com a sua presciência. A presciência de Deus é o conhecimento prévio que Deus possui de todas as coisas, tanto finitas quanto eternas, de modo que nada do que ocorre acontece sem o conhecimento d’Ele. Pela sua presciência, ele determinou e projetou a redenção humana. Pedro usa o termo prognoseimais uma vez em 1 Pe 1.2, referindo à eleição dos santos.
Tanto boule quanto prognosei aludem ao eterno propósito divino (Is 53.10) de entregar Jesus à crucificação. A crucificação de Jesus era, ao mesmo tempo, parte necessária do destino do Messias e, parte do plano divino de Deus; porém, paralelamente a isso, aqueles que agiram de conformidade com o plano divino, fizeram-no por impulso de sua própria vontade maliciosa. No entanto, os personagens que assim o crucificaram, estavam, mesmo sem saber, cumprindo um projeto arquitetado por Deus desde a eternidade. A oração do crentes primitivos (At 4.27,28), testificava de que Herodes, Pôncio Pilatos, os gentios, e os povos de Israel, fizeram “ .. tudo o que a tua mão e o teu conselho predeterminaram que se fizesse”.

O apóstolo Paulo, em Efésios 1.11, usa o termo boule, ao contrário, para referir-se ao projeto salvífico, elegendo, predestinando, filiando e redimindo aos que crêem (vs. 4, 5,,7); “nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade.” (NVI).

Rinaldo Fabris [4], traduz o texto grego como se segue: “Nele, também nós participamos da salvação. Deus, que tudo realiza segundo sua decisão, nos integrou gratuitamente em seu projeto,” Aqui, o projeto ou plano de Deus, está relacionado às “bênçãos espirituais em Cristo” (Ef 1.3) concedida gratuitamente aos eleitos. Assim como, boule aparece com o termo prognosei, clareando e ratificando o “desígnio de Deus”, no texto de Atos, também aparece com outros dois termos significativos no texto de Efésios. O primeiro deles é mystêrion, v.9, e o segundo é predestinar, proorízo, vs.5,11.

Notas
[1] Louis BERKHOF,. Teologia Sistemática, p.102
[2] Ibid., p.102
[3] Francis I.ANDERSEN, - Introdução e Comentário, p. 272-3
[4] As Cartas de Paulo (III), p. 147

TEOLOGIA & GRAÇA: TEOLOGANDO COM VOCÊ!



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