Wellhausen e Graf denominaram os supostos documentos da seguinte forma:
- O Javista (J) que prefere o nome Yahweh e teria sido redigido possivelmente no reinado de Salomão e é considerado o mais antigo;
- O Eloísta (E) que designa Deus com o nome comum de Elohim e teria sido escrito depois do primeiro documento, por volta do século VIII (a.C.);
- O Código Deuteronômico (D) que compreenderia todo o livro de Deuteronômio e teria sido escrito no reinado de Josias pelos sacerdotes que usaram esta fraude para promover um despertamento religioso (2 Rs 22.8). O documento "D" ou deuteronômico teria como propósito estabelecer certas reformas nas práticas religiosas;
- O Código Sacerdotal (S) é o que coloca especial interesse na organização do Tabernáculo, do culto e dos sacrifícios e forneceu o plano geral do Pentateuco.1 Esse escritor teria sido o último compilador a trabalhar na formação do Antigo Testamento, tendo dado ao mesmo os toques finais (cerca de 621 a. C.). “S” caracteriza-se por ter usado o nome Elohîm para indicar Deus e pelo seu estilo ácido. Segundo afirmam os adeptos da teoria, "a linguagem do código S é própria de um jurista, e não necessariamente de um historiador".
1. Negação da autoria mosaica do Pentateuco, ficando apenas pequenos trechos do atribuídos ao período mosaico;
2. Negação da historicidade e realidade de muitos fatos e personagens bíblicos, pois segundo a teoria, muitos heróis bíblicos foram apenas seres irreais e imaginários;
3. O Pentateuco não fornece um relato veraz dos tempos passados, mas apenas reflete a história do reino dividido até o período pós-exílico de Israel;
4. As narrativas que tratam a respeito de Deus e de sua revelação e comunicação com vários homens é mentirosa. Jamais Deus falou com os homens como a Bíblia afirma, mas os sacerdotes e levitas é que deram, segundo eles, essa falsa impressão;
5. Nenhum dos fatos culturais narrados no Pentateuco pertence àquele período;
6. Os primeiros israelitas jamais tiveram um tabernáculo, tal qual afirma o Pentateuco;
7. São inverdades, segundo os adeptos da teoria, todas às reivindicações bíblicas concernentes aos atos miraculosos e remidores de Deus no Pentateuco;
8. Aceitar essa teoria é acreditar que o Pentateuco é um amálgama de idéias e concepções heterogênias; sem unidade e contradizente;
9. A inspiração divina das Escrituras é anulada, mesmo que alguns teóricos tentem conciliar a doutrina da inspiração à hipótese documentária;
10. Essa teoria torna o próprio Jesus mentiroso, pois o próprio Cristo afirmou ser o Pentateuco também de autoria mosaica;
11. Essa teoria nega as evidências internas e cumulativas que atestam a autoria mosaica.
12. Essa teoria induz ao erro e ataca a autoridade das Sagradas Escrituras, pois se a Bíblia não é segura em matéria histórica e literária, como poderá ser nos aspectos salvíficos e eternos? Aceitar a Hipótese Documentária simplesmente para conciliar o cristianismo ao racionalismo moderno é improdutivo quanto à fé.
A Hipótese Documentária já foi contestada em seu próprio berço, a Europa. Muitas obras foram escritas condenando não apenas os conceitos, às sutilezas, mas também os seus fundamentos teóricos. No entanto, alguns teólogos e seminários brasileiros insistem nessa teoria. Para alguns, infelizmente, a hipótese documentária é muito mais do que uma teoria, mas um dogma e um método de interpretação das Escrituras.
1 O código Sacerdotal também é conhecido como “P”, pois em inglês, “sacerdotal” é Priestly.