DÁ INSTRUÇÃO AO SÁBIO, E ELE SE FARÁ MAIS SÁBIO AINDA; ENSINA AO JUSTO, E ELE CRESCERÁ EM PRUDÊNCIA. NÃO REPREENDAS O ESCARNECEDOR, PARA QUE TE NÃO ABORREÇA; REPREENDE O SÁBIO, E ELE TE AMARÁ. (Pv 9.8,9)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

José e Uzias: Paradigmas da prosperidade

A prosperidade no Antigo e Novo Testamento. No Antigo Testamento a palavra hebraica para prosperidade é tsälëach. O vocábulo significa "ter sucesso", "dar bom resultado", "experimentar abundância" e "fecundidade". Já em o Novo Testamento, o vocábulo usado é euodóö, que significa "ir bem", "prosperar", "ter sucesso". Na Almeida Atualizada, a palavra "prosperidade" aparece vinte e três vezes, enquanto na Corrigida onze (Sl 30.6; 35.27; 73.3; 122.7; Pv 1.32; Ec 7.14; Jr 22.21; At 19.25; 1 Co 16.2). Se acrescentarmos as palavras "próspero" e "próspera" teremos muitas outras ocorrências nas duas versões. Portanto, a Bíblia tem muito a ensinar a respeito da prosperidade.

A prosperidade exemplificada na vida de José. No Antigo Testamento, o termo é usado para referir-se ao sucesso que Deus deu a José no Egito (Gn 39.2,3,33). Se tomarmos a vida de José como exemplo, poucos diriam que a trajetória do menino sonhador foi de sucesso: odiado pelos irmãos, vendido aos ismaelitas, escravo e encarcerado no Egito. Quem afirmaria que José foi um homem próspero? A Bíblia. No conceito da teologia da prosperidade e triunfalista, José somente foi bem-sucedido no final da carreira. Mas, anteriormente ele não era abençoado por Deus? Era. Mas apenas os que compreendem o que de fato é a verdadeira prosperidade são capazes de compreender o sucesso em meio ao ódio, castigos e prisões (Gn 45.5,7-9). O plano dos irmãos de José era matá-lo, porém Deus interveio conservando-lhe a vida (Gn 37.20-22). Os mercadores ismaelitas poderiam vendê-lo para qualquer outra tribo ou povo, mas por que o Egito? Porque Deus o estava conduzindo até a terra dos faraós. No Egito, poderia ser vendido a qualquer nobre, mas por que a Potifar? Porque era na casa de Potifar que ele enfrentaria a mais dura prova até ser levado ao governo do Egito. Deus estava em todas as circunstâncias guiando os passos de José (Sl 37.23). A prosperidade na vida de José não é medida pelo grau de privilégios que ele desfrutou até ser governador, mas em cumprir a vontade de Deus em todas circunstâncias e vicissitudes.

A prosperidade exemplificada na vida de Uzias. A Escritura afirma que Uzias "buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar"(2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. Uzias fez o que era justo aos olhos do Senhor e, como recompensa, Deus lhe deu sucesso em tudo o que fazia. José era justo, mas a sua retidão não lhe trouxe prosperidade imediata. Uzias, no entanto, enquanto permaneceu fiel ao Senhor prosperou em tudo o que fez. Porém, a Escritura afirma que o coração de Uzias se exaltou e transgrediu este contra o Senhor, perdendo toda honra que o Eterno houvera concedido (2 Cr 26.16-23).

Na vida de Uzias observamos a prosperidade condicionada à obediência, temor e reverência a Deus (2 Cr 26). O rei era próspero enquanto permanecia fiel ao Senhor. Na vida de José, observamos justamente o contrário. Ele permaneceu fiel por toda a vida, mas esta fidelidade não se traduziu em bênçãos e sucesso material imediatos. Uzias começou bem e terminou mal. José começou odiado e como escravo e terminou como governador do Egito. O equilíbrio entre os dois exemplos é a fidelidade a Deus. Seja fiel a Deus em todas as circunstâncias!

9 comentários:

Wallysou disse...

apz, pr. Esdras,

gostei demais desse artigo, muito bom mesmo.

escrevi algo também sobre a vida de José, com outro foco, e posto o link, caso queira ler:

http://wallysou.wordpress.com/2010/02/06/serie-mensagens-quer-crescer-aprender-a-esquecer/

gde abço.

wally.

claudiopimenta disse...

Muito bom pastor, que tal escrever sobre a prosperidade na vida de paulo ?

mesmo preso estava feliz, sofreu nalfragios, passou nescessidades, e disse tudo posso naquele que me fortaleza, nos versiculos anteriores a filipenses 4.13 ele falou que ja havia passado por tudo

daladier.blogspot.com disse...

Será que os teólogos da Teologia da Prosperidade quererão ler este artigo e refletir sobre ele? Presumo que não.

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene

Prezados irmãos, obrigado por vossa participação no Teologia & Graça. Fico satisfeito em saber que o texto, embora simples, apresentar algum tipo de desafio, forçando-nos a pensar no paradoxo das duas vidas: José e Uzias.

CASSIO MATOS disse...

A paz do Senhor!!
Pastor Esdras como eu faço para encontrar o livro Hermeneutica contextual?Pois tenho interesse em adiquiri-lo.Meu email é cassioteologia@yahoo.com.br

Francisco Sulo disse...

Acredito intensamente na necessidade desse tema no meio evangélico atual.
Considerando o poder que os mestres exercem sobre os fiéis comuns creio que a reflexão deve iniciar-se pelo clero evangélico,principalmente o clero assembleiano.
É comum vermos alguns líderes falando em "ser abençoados" referindo-se apenas à aquisições materiais, como se o "apertado" fosse sinônimo de maldição espiritual ou mesmo sinônimo de pecador inconsequente.
A paz do Senhor.

Valter Alex disse...

Pr. Esdras,
Gostaria de aproveitar o gancho e entender como seria aplicado o livre arbítrio na vida de Jose. Quando observo a vida de José, vejo Deus guiando, criando circunstâncias para que ele chegue, até onde Deus havia estabelecido (governador do Egito). Esta visão de Deus, controlando, intervindo nas ações dos homens, do tempo etc., não acaba contrariando a visão do LIVRE ARBITRO? Segundo o que entendo do livre arbitro, Deus conhece as ações que o homem ira tomar no futuro através de sua onisciência, mais Deus não determina ou causa estas ações ou circunstâncias. Na teoria do livre arbítrio as coisas acontecem desta forma, ou a minha maneira de enxergar está errada?

Em Cristo.
Valter Alex

Fatima disse...

Querido Valter Alex, José e Uzias viviam no tempo da LEI, ou seja, antigo testamento. Livre arbítrio quem deixou foi o nosso amado Jesus Cristo, após sua morte, ok???

Fatima disse...

Querido Valter Alex, José e Uzias viviam no tempo da LEI, ou seja, antigo testamento. Livre arbítrio quem deixou foi o nosso amado Jesus Cristo, após sua morte, ok???

TEOLOGIA & GRAÇA: TEOLOGANDO COM VOCÊ!



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