DÁ INSTRUÇÃO AO SÁBIO, E ELE SE FARÁ MAIS SÁBIO AINDA; ENSINA AO JUSTO, E ELE CRESCERÁ EM PRUDÊNCIA. NÃO REPREENDAS O ESCARNECEDOR, PARA QUE TE NÃO ABORREÇA; REPREENDE O SÁBIO, E ELE TE AMARÁ. (Pv 9.8,9)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lançamento de Igreja: Identidade e Símbolos na FAECAD

Justificar
No dia 30 de agosto, por ocasião do 2º Fórum de Debates FAECAD, desenvolvido sob o tema Púlpito: um lugar de comércio?, foi realizado o lançamento de nossa obra IGREJA: IDENTIDADE E SÍMBOLOS (CPAD, 2010).

O Diretor da Faculdade, Pastor Marcos Tuler, fez a apresentação das obras de nossa lavra, inclusive, destacando a premiação do livro Davi: as vitórias e derrotas de um homem de Deus (CPAD, 2009), premiado na 21 Bienal do Livro em São Paulo com o Prêmio Areté, pela ASEC - Associação de Editores Cristãos.

Logo após a apresentação, o Ilmo. Diretor, convidou-nos para falar rapidamente da estrutura, propósitos e síntese da obra IGREJA: IDENTIDADE E SÍMBOLOS. Durante a nossa apresentação percebemos que os acadêmicos da FAECAD estavam receptivos ao tema, principalmente depois da palestra do Pastor Germano Soares, Coordenador do Curso de Teologia, que discursou a respeito da Teologia da Prosperidade e os desatinos das igrejas neopentecostais hodiernas. Estávamos diante do público-alvo de nossa obra: acadêmicos de teologia, pastores e professores de Escola Dominical.

Logo após a nossa apresentação, o Pastor Marcos Tuler, Diretor da FAECAD, convidou o professor e mestre Moisés de Carvalho para apresentar e consagrar a referida obra e o autor a Deus.

Na ocasião presenteamos os professores da FAECAD com um exemplar da obra prestigiada, e seguimos para o espaço reservado aos autógrafos.

Alguns registros do evento.

O autor apresentando a obra Igreja: Identidade e Símbolos

Professor Moisés Carvalho agradecendo a Deus

Professores Nelson Célio, Paulo Roberto, Marcos Tuler e Germano Soares

Autógrafos aos acadêmicos e professores









Professor Edvaldo Germano e esposa







Na ocasião, o autor estava acompanhado de sua esposa, Ana Paula, que prestigiou o evento ao lado do marido laureado.
Agradecemos a todos pelo carinho, incentivo e apreço.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Lançamento - Igreja: Identidade e Símbolos


Encontra-se nas lojas evangélicas de todo país o nosso mais novo livro Igreja: Identidade e Símbolos, publicado pela CPAD.

Igreja: Identidade e Símbolos é uma obra de referência para os estudiosos preocupados com a identidade da igreja hodierna.

A obra oferece ao leitor uma exegese teológica, gramatical, histórica e sociológica a respeito da igreja neotestamentária, a fim de servir de fundamento para se discutir e analisar a essencialidade da igreja do século XX.

Nesta obra, dialogamos com teólogos de várias correntes, como Emil Brunner, Karl Barth, Jürgem Moltmann, Oscar Cullmann, D.A. Carson e com os pentecostais Anthony de Palma, F.L. Arrington, R. Stronstad, Eurico Bergstén, entre outros.

Este llivro é uma das mais importântes sínteses sobre eclesiologia do Novo Testamento feita por um teólogo pentecostal brasileiro. O autor, como em suas obras anteriores, emprega diversos recursos hermenêuticos e linguísticos para brindar o leitor com um exame consciencioso do termo igreja e seu entendimento sincrônico e diacrônico.

A obra não é um tratado sistemático e histórico de eclesiologia. Igreja: Identidade e Símbolos é uma análise conscienciosa a respeito do termo ekklesia nas páginas do Novo Testamento e do grego da Septuaginta (LXX).

Trata-se de uma obra cujo objetivo não é substituir os manuais de eclesiologia, mas servir de leitura complementar aos estudantes de teologia interessados em conhecer o contexto, a semântica e o desenvolvimento do vocábulo até os dias hodiernos.

SUMÁRIO

  • Tabela de Transliterações
  • Termos Técnicos
  • Prefácio
  • Introdução

CAPÍTULO I
A Identidade Neotestamentária da Igreja: Secular e Religiosa
  1. Uso secular de ekklesia
  2. Uso religioso de ekklesia
  3. Contexto judaico de ekklesia
  4. Ekklesia nos livros apócrifos
CAPÍTULO II
A identidade Neotestamentária da Igreja: Mística e Antropológica

CAPÍTULO III
A identidade Neotestamentária da Igreja: Epístola de Tiago
  1. Estratégia formulativa da synagoge (2.2)
  2. Identificação da Ekklesia (5.14)
CAPÍTULO IV
A identidade Neotestamentária da Igreja: Epístolas Paulinas
  1. Ekklesia nos Atos dos Apóstolos
  2. Ekklesia nas Epístolas Paulinas
  • Igrejas domésticas
  • Igrejas locais
  • Igreja universal e mística
CAPÍTULO V
A identidade Neotestamentária da Igreja: Evangelho de Mateus
  1. Excurso da exegese de 16.18: lectio difficilior
  2. Caráter semítico do logion 16.18,19
  3. Cristo oikodespotes da nova edificação
  4. A ekkelsia de 18.17
CAPÍTULO VI
A identidade Neotestamentária da Igreja: Epístolas Joaninas
  1. Mulher piedosa
  2. Igreja local ou doméstica
  3. Associação de conceitos: personagem-símbolo
CAPÍTULO VII
A identidade da Igreja: Da Modernidade à Modernização
  1. Denominacional
  2. Identidade histórico-doutrinária
  3. Vulgar ou ordinário
  4. Organizações heréticas
  5. Corpo místico de Cristo
EXCURSO FINAL

Referências Bibliográficas


O prefácio é do escritor pentecostal Pr. Claudionor de Andrade.

Nossa sincera oração é que esta obra cumpra o propósito pela qual foi criada: atender ás necessidades dos estudantes de teologia que desejam se aprofundar no sentido sincrônico e diacrônico de ekklesia.

Leia no link abaixo alguns textos de Igreja: Identidade e Símbolos apresentados neste blog
1. Igreja: Identidade e Símbolos
2. Igreja: Identidade e Símbolos - a fundação da igreja mateana
3. Igreja: Identidade e Símbolos - a natureza divino-humana da ekklesia

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"DAVI" GANHA PRÊMIO ARETÉ DE 2010



O livro Davi - as vitórias e derrotas de um homem de Deus, escrito pelos autores Josué Gonçalves, Alexandre Coelho, César Moisés e Esdras Bentho, sagrou-se vencedor do Prêmio Areté de Literatura promovido pela Associação de Editores Cristãos - ASEC. A laudatória ocorreu nesta quinta-feira na 21ª Bienal do Livro - SP. O referido reconhecimento ocorre desde 1991, sendo considerado o principal prêmio do seguimento editorial religioso no Brasil.

A obra, editada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus, concorreu com outras duas relevantes obras nacionais na categoria Estudos Bíblicos.

Agradeço publicamente ao Dr. Ronaldo Rodrigues de Souza, Diretor Executivo da Casa Publicadora das Assembleias de Deus, pelo incentivo e iniciativa em publicar uma obra conjunta e pelo apoio que tem dado ao autor nacional. Ao editor da obra, amigo e companheiro, Pr. Alexandre Coelho, Chefe do Setor de Livros Nacionais e Internacionais, e co-autor da obra. Ao Pr. César Moisés, Chefe do Setor de Educação Cristã, pelo segundo prêmio literário de sua carreira, e pelo compaheirismo, parceria ministerial e literária e, principalmente, ao Pr. Josué Gonçalves, autor da revista Lições Bíblicas do trimestre que deu azo a obra, pelo apreço, parceria e por compartilhar de seu sucesso como comentarista de Lições Bíblicas e escritor de renome.

Não posso jamais esquecer-me de uma pessoa particularmente importante para todos os escritores nacionais, pelo seu exemplo, erudição, estilo literário e companheirismo, Pr. Claudionor de Andrade, Gerente de Publicações - amigo, conselheiro e padrinho literário de inúmeros autores iniciantes, como o signatário dessas linhas!

Agradeço a minha esposa Ana Paula, meu querido filho Esdras Júnior e ao amado Philipe Bentho, amigos e cúmplices.

E também aos nossos leitores, admiradores e críticos. Aos livreiros, distribuidores, gerentes e vendedores que acreditam no potencial dos autores nacionais.

E por fim, a diretoria da ASEC pelo incentivo e premiação; aos jurados que escolheram os três últimos finalistas, sagrando nossa obra como merecedora desse importante prêmio.

Somos gratos a Deus por tudo!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

As Identidades de Jezabel de Ap 2.20

Este artigo, publicado resumido e originalmente no Mensageiro da Paz (Número 1.5010, agosto de 2010), mas aqui ampliado, tem como objetivo discutir as várias identidades atribuídas a Jezabel de Apocalipse 2.20.

Se trata da esposa do pastor local. Essa posição baseia-se em supostas evidências textuais críticas que aceitam como válidas o testemunho dos manuscritos A 046 1006 1854, e a tradição escritural atestada por Cipriano que apresenta o pronome genitivo sou (tua) antes do substantivo próprio Jezabel.

De acordo com esses manuscritos, o texto em vez de dizer ten gynaika Iedzabel (a mulher Jezabel), diria ten sou gynaika Iedzabel (a tua mulher Jezabel). O pronome sou, nesse caso, fora usado para referir-se ao sujeito do versículo 12, o angelo tes ekklesias, isto é, o “anjo da congregação” de Pérgamo, como também ao "anjo da igreja em Tiatira", nos versículos 14, 15 e 16.

Provavelmente, a inserção do pronome nesses manuscritos deriva-se de um erro de ditografia ou então de uma percepção equivocada do escriba ao inserir propositalmente o pronome, em função de o mesmo aparecer repetidamente nos versículo 19 e 20.

Se estivermos corretos nessa assertiva, os copistas dos manuscritos citados entenderam que houve, por parte dos escribas anteriores, um erro de haplografia. Este erro, muito bem documentado pela exegese noutras porções bíblicas, ocorre quando se escreve uma palavra, sílaba ou letra apenas uma vez, quando, na verdade, deveria ser escrita mais de uma.

Isto posto, é provável que os escribas tentaram corrigir a cópia manuscrita disponível, entretanto, era necessário, talvez, uma outra cópia que atestasse o pronome sou, para que não se apoiasse apenas em sua interpretação ou percepção.

Todavia, caso esta posição esteja correta, embora as evidências manuscritas, textuais e a própria tradição atestem o contrário, significa que a Jezabel do referido texto é a esposa do pastor da igreja de Pérgamo.

Assim, essa teoria admite que o pastor da comunidade local aceitava os erros, heresias e impudicícias dessa mulher pelo fato de ela ser sua esposa, o que é discutível. Isto porque são feitos importantes elogios às virtudes teologais da igreja de Tiatira. A obra, a fé, o amor, a paciência e o serviço dessa comunidade cristã são mais excelentes do que o eram no passado (v.19).

Observe, a igreja de Éfeso é criticada por “deixar o primeiro amor” (v.4), mas os exercícios teologais da igreja de Tiatira só aumentaram. Enquanto muitos, diz Matthew Henry, “tinham deixado o seu primeiro amor, e perdido o seu primeiro zelo, estes estavam se tornando mais sábios e melhores” (2008, p.968). A mesma comparação pode ser feita a respeito da igreja judaico-cristã de Hebreus que, em vez de crescer, estagnou-se (Hb 5.12,13). Dificilmente, caso a Jezabel do referido texto fosse esposa do “anjo da igreja”, teríamos um crescimento espiritual tão constante e elogiável.

Todavia, aqueles que identificam Jezabel como sendo a esposa do líder local baseiam-se não apenas no pronome, mas também na possibilidade de o nominativo acusativo gynaika ser traduzido como esposa em vez de mulher, pois o vocábulo aparece em várias perícopes do Novo Testamento com o sentido de “mulher casada”, “esposa”. Porém, essa é uma tradução possível, mas não necessária.

Assim, traduzem o texto ten sou gynaika Iedzabel como “a tua esposa Jezabel”. Segundo essa escola, ten sou gynaika Iedzabel era o texto original que foi corrompido e amainado por certos escribas inconformados com o tom ácido da perícope. Contudo, muitos textos do Antigo e Novo Testamentos são tão ácidos quanto esse, e, nem por isso, pesa sobre eles alguma acusação de corrupção textual.

Particularmente não concordo com essa tradução e com a interpretação da perícope atestada por essa escola. Devemos aceitar o texto em sua forma corrente e verbal e, segundo, o cânon da exegese, a leitura mais breve ou o texto mais curto deve ser preferido ao mais longo. É possível que o escriba acrescente alguma glosa, mas excluir alguma palavra do texto, ainda que possível, é mais difícil. Logo, não se trata de nenhum erro intencional do escriba, muito pelo contrário. A inserção do pronome (sou) e a tradução de gynaika Iedzabel, como "tua esposa Jezabel", extrapola toda naturalidade do texto.

Uma mulher profetisa da comunidade de Tiatira. Outra hipótese difundida é que se trata de uma profetisa da comunidade de Tiatira. Trata-se de uma mulher cristã carismática, de nome Jezabel. Segundo essa corrente, essa falsa profetisa induzia alguns crentes da comunidade de Tiatira à prostituição, à participação nas festividades pagãs, e à idolatria.

Deve-se, portanto, de acordo com essa hipótese, entender literalmente as palavras dos versículos 21 e 22. Essa mulher não apenas induzia seus seguidores a participarem das licenciosidades das festas pagãs, como ela própria, seduzia-os para o seu próprio leito (v.22).

Permita-me, o leitor, a uma rápida digressão para explicar uma ideia muito interessante nesse trecho. Uma característica muito especial do versículo 22 é a expressão “a porei numa cama” – uma sinédoque para referir-se à enfermidade, doença [a porei enferma numa cama]. Todavia tal expressão é uma finíssima figura de linguagem usada pelo rapsodo, que traz uma imagem conceitual digna de um grande estilista da língua grega.

O termo “leito”, “cama”, é um eufemismo para “relações sexuais” em diversas passagens bíblicas, cito, à guisa de exemplo, apenas Hebreus 13.4. Veja a correspondência entre “cama” e “prostituição” no versículo 22 com “matrimônio” e “leito sem mácula” em Hebreus 13.4. A prostituição macula, mancha, enfermiça a relação sexual fora do casamento. Isto posto, a frase “Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação” (v.22) é um jogo de conceitos semióticos que relacionam a impudicícia da prostituição ao leito-enfermiço, assim como em Hebreus ao leito-santo. O leito, o lugar do coito lascivo, no qual os adúlteros se consomem, tornar-se-á, na linguagem do literato, o lugar da condenação (leito-coito/leito-enfermiço). A mulher Jezabel seria condenada a ficar enfermiça no mesmo local de suas prostituições; enquanto a condenação de seus amantes seria a “grande tribulação”.

Bem, digressões à parte, admitir que se trata de uma mulher literal, cujo nome era Jezabel, é uma opinião melhor do que a anterior. Agora, aceitar que a mulher do pastor deitava-se com diversos homens é uma posição extremamente radical, uma vez que ele, o anjo da igreja, “tolerava” os pecados de Jezabel. Até mesmo, na hipótese presente, é difícil entender como o pastor tolerava uma prostituta, falando em termos culturais heleno-latinos, como profetisa e dava a ela uma posição privilegiada na comunidade cristã. Parece que essa é uma das mais contundentes fraquezas dessa corrente.

Trata-se de Jezabel do Antigo Testamento rediviva. Não precisamos nem comentar esse falso conceito.

Trata-se de referência simbólica aos falsos ensinos pagãos que adentravam na igreja. Essa corrente entende e aceita que a Jezabel do referido versículo é uma figura ou símbolo da religiosidade pagã e dos falsos ensinos das religiões de mistério que invadiram a igreja através dos falsos mestres. Lembremos que Israel, a Igreja, e a falsa igreja de Apocalipse são representadas nas Escrituras pela figura da mulher. Em nossa obra, Igreja: Identidade e Símbolo (2010 - CPAD), apresento o símbolo joanino referente à mulher samaritana (Jo 4) e à senhora eleita (2Jo 1) como respectivas metáforas de religiosidade pagã e cristã.

Portanto, há nas Sagradas Letras elementos simbólicos suficientes para se atestar tal relação, ainda mais nos escritos joanimos. Assim, o nome Jezabel seria um pseudônimo para referir-se às práticas e misticismos pagãos das religiões de mistérios que, a semelhança do paganismo jezabelita introduzido no culto a Javé no Antigo Testamento, estavam adentrando na comunidade cristã de Tiatira.
Assim, teríamos na igreja de Pérgamo, os balaamitas e nicolaítas e, na igreja de Tiatira, os jezabelitas.

Publicado originalmente em http://www.cpadnews.com.br/blog/esdrasbentho/

TEOLOGIA & GRAÇA: TEOLOGANDO COM VOCÊ!



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