DÁ INSTRUÇÃO AO SÁBIO, E ELE SE FARÁ MAIS SÁBIO AINDA; ENSINA AO JUSTO, E ELE CRESCERÁ EM PRUDÊNCIA. NÃO REPREENDAS O ESCARNECEDOR, PARA QUE TE NÃO ABORREÇA; REPREENDE O SÁBIO, E ELE TE AMARÁ. (Pv 9.8,9)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Retratos de Minha Infância Pentecostal



Nasci no dia 25 de junho de 1970 na mesma região que deu ao Brasil o poeta da tristeza, Augusto dos Anjos, o literato Ariano Suassuna, o músico popular Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga entre outros grandes vultos paraibanos que enriquecem o país com seu brilhantismo célico.
De acordo com o relato oral de minha doce avó, vim a este mundo antagônico numa humilde casa no bairro da Liberdade, enquanto a chuva celebrava altissonante o seu balé mágico sobre as rudes telhas de barro cozido feitas pelo meu avô. Deu-me o nome de Esdras em homenagem ao escriba e sacerdote judeu do Antigo Testamento, responsável pela educação dos israelitas cativos na Babilônia. Com este nome e a importância desse personagem para o povo judeu, pouco sei dizer se o meu interesse pela educação é cumprimento profético, estigma ou fatalismo.
Aos oito anos, ainda na aurora de minha infância inocente, a priori, sem qualquer conhecimento da doutrina pentecostal ou da suposta refutação cessacionista, fui batizado no Espírito Santo com evidência inicial de falar noutras línguas, conforme o Espírito concedia. Ainda lembro-me do dia 09 de novembro de 1978 como uma data altaneira. Recordo-me da melíflua presença do Espírito sobre mim, como se estivesse imergindo num rio de azeite celeste. Paulatinamente, dos artelhos ao último fio de cabelo, era inundado pelo dúlcido amor de Jesus Cristo. Ao contrário do marulho espiritual que estava ao derredor, nada ouvia. Um ensurdecedor silêncio me cercava, como se tudo estivesse preso a um rio de cristal. Apenas chorava e exaltava ao Senhor em glossolalia ininterrupta.
Depois desta experiência pentecostal, desejei ardentemente ler a Bíblia e dedicar-me à evangelização. Evangelizei meus colegas e professoras do colégio, levando alguns deles a Cristo. Comecei a pregar nos cultos de oração, de crianças e a dar testemunhos em alguns cultos. Desta fase, lembro-me apenas de que, numa das ocasiões em que estava pregando, um obreiro, após a pregação, pediu para contar uma revelação. Disse ele que, enquanto eu falava, estava ao meu lado um anjo da parte do Senhor com um rolo nas mãos. E todas as minhas palavras correspondiam às palavras daquele livro. Naquele momento, apesar da idade pueril, tive certeza de minha vocação ao ministério da Palavra. Amava a Cristo, aos meus pastores, a igreja de nosso Senhor Jesus e, a Escola Dominical. Usava uma das Bíblias de minha querida avó, de capa vermelha, de conservação mediana, mas aguçada.
Nos fins do inverno de 1979, recebi de minha professora da Escola Dominical, irmã Lúcia, a incumbência de ler o Texto Áureo da Lição 9, de 26 de agosto de 1979, Carta à Igreja de Sardo, da revista Amigos de Jesus. Foi o meu primeiro versículo bíblico: 1 João 5.11 - "E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho". Retive o texto na memória e, no domingo da Lição, o declamei. Lembro-me que essas palavras destilavam como mel em meus lábios. Memorizar o texto era como brincadeira de pirata; escondia cada palavra no recôndito de meu coração como se cada uma fosse um tesouro somente meu.
Quanto ao meu interesse infantil pela educação, quase não há registros em minha memória para uma mimese, embora ouça aqui e acolá alguns amigos descrevendo desde novo seus primeiros rabiscos numa lousa, como se estivessem ministrando aulas régias para alunos imaginários. Minha única preocupação era aprender a Palavra de Deus, a qual amava e ainda amo. Lembro-me apenas da história do personagem que emprestou-me o nome e da avidez antropofágica pela leitura, principalmente da Bíblia, movido principalmente pelo relato a respeito do sacerdote Esdras. Li toda a Bíblia no ano de 1979. À maneira de Rudolf Otto, o numinoso sempre acompanhou meu interesse pedagógico que, antes de tudo, era mais teológico do que humanístico.
Segui a mesma fé de minha mãe e avó e, na igreja, ainda adolescente, fui despertado por uma missionária, a doce Eva Maria, a tornar-me um professor na Escola Dominical. Dei as minhas primeiras aulas de educação cristã após o meu batismo, aos quinze anos, sob a orientação desta vestal, que na época era estudante do curso de Pedagogia. Identifiquei-me profundamente com o múnus docente, entretanto, necessitava de capacitação. Matriculei-me aos dezessete anos em um curso básico em Teologia, após a conclusão fiz o nível Médio, e logo depois, o bacharelado. Ao matricular-me no bacharelado em Teologia estava escrito nas linhas-mestras de minha existência que eu escolheria a Pedagogia como ciência afim.
Isto ocorreu no verão de 1990. Cerca de cem acadêmicos reuniam-se para receberem as aulas magnas dos mestres em Teologia. Durante a primeira semana, desfilaram impávidos esses senhores. Para uns, o sol crepuscular já declinava; para outros, já começara nevar no topo. Porém, surge na aurora de nossa classe um sol nascente que irradiava calor e vivacidade. Era o professor de Didática e Pedagogia. Esse educador trazia nos olhos o brilho que difundia paixão pela educação; e, na alma, o ritmo pedagógico que pulsava análogo ao seu coração. Era um inovador em sala de aula, um transgressor da monotonia e da rotina.
Enquanto muitos, com suas aulas régias, cercavam-se pela experiência e tradição, fincados distantes em seus pedestais, o professor Marcos Tuler ensinava com olhares, toques, cheiros, sabores e calor. Ainda hoje, em sua aula inaugural, recordo-me da memorável frase: “Pedagogia não é apenas útil ao contexto da sala de aula, mas à vida”. Essas palavras abriram profundas feridas em minha vida que, ainda hoje, teimam em cicatrizar; latejam veementes entre o ser e o querer, o já e o ainda não. Algum tempo depois, quando matriculei-me no curso de Pedagogia na Associação Catarinense de Ensino (ACE) em Joinville, SC, enviei ao mestre Tuler um e-mail, agradecendo-lhe pelo sulco incurável que eu carrego. E, de fato, passados mais de uma década, aquelas palavras mostraram-se oportunas e verdadeiras. E, seguindo a canção entoada pela sinfonia da vida ministerial procuro guardar a mesma fé, firmeza, e amor dos meus tempos de menino.

38 comentários:

Marcello de Oliveira disse...

Shalom!

1. Nobre Pr "Ezra" louvo ao Eterno por sua vida, família e ministério. Alegro-me em saber de sua "paixão" pelas Escrituras e pela sua trajetória no ministério.

2. Que o Eterno conceda-lhe vitória, e a presença Dele seja uma marca em sua vida. Continue avançando, e assim cumprindo o seu profícuo ministério.

Deixo Rm 11.13 [...] enquanto for apóstolo dos gentios, GLORIFICAREI meu ministério.

1) Receber o ministério - Deus já lhe concedeu.

2) quando você recebe o ministério, você se identifica com a chamada de Deus.

3) glorificar o ministério - ou seja, fazer aquilo que o Eterno mandou. Muita gente no lugar errado, fazendo coisa errada, porque ainda não entedeu o seu ministério, e assim, não pode glorificá-lo.

4) cumprir o ministério - Paulo disse a Timóteo: "Cumpre o teu ministério" II Tm 4.5

5) Terminar - não adianta os 4 itens elencados acima, sem este. Paulo disse: [...] acabei a carreira, guardei a fé. II Tm 4.7

Um abraço do companheiro, Pr MArcello de Oliveira

P.s> veja o texto:

Sélah - O "misterioso" sinal

Unknown disse...

Pr. Esdras, a paz!

Quão bonito é entender a vocação e ver os desenhos de Deus para as novas vidas. Parabéns por seu trabalho teológico e pedagógico, que tanto edifica nossas vidas por meios das Lições Bíblicas.

Abraços!

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene

Prezado Marcello, obrigado por suas palavras motivacionais. Resolvi escrever essas memórias para que eu mesmo não me esquecesse a razão pela qual existo.
Quando era uma criança, adolescente e depois jovem havia muitos pregadores, professores, evangelistas e pastores que serviam-me de inspiração. Passado alguns anos, tendo chegado à maturidade, dei-me conta de que meus ministros inpiradores à uma mudaram o rumo primevo.
Depois de ler todo o Pentateuco e as Epístolas Paulinas no feriado de Páscoa, me esforcei para lembrar das marcas antigas de minha chamada.
Resolvi, portanto, compartilhar com os meus amigos algumas de minhas memórias.
Um abraço
Esdras Bentho

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado irmão Gutierres, obrigado por suas palavras motivacionais. Tenho lido seus artigos em seu blog, e admiriado vosso empenho a favor da fé pentecostal. Sua participação em nosso blog honra-nos.
Gostaria de informar ao prezado irmão e também aos nossos companheiros que fui transferido do setor de educação cristã para o de Bíblias e Obras Especiais. Estou preparando um texto, sintetizando meus quase cinco anos como redator responsável pela LBA e LBM. Quem me sucedeu foi o estimado Pr. César Moisés, o paladino da educação.
Seu irmão em Cristo
Esdras Bentho

Marcello de Oliveira disse...

Shalom Uv'rachot!

1. AMado Pr "Ezra", quando o sr tiver um tempo, leia meu texto:

Sélah: O "misterioso" sinal.

http://davarelohim.blogspot.com

muito agradecido, Pr Marcello

Unknown disse...

Caro Pr. Esdras Bentho

Evocar as memórias das nossas raízes é um exercício imprescindível e fundamental. Parabenizo-o não somente pela bela trajetória, mas por abordar o assunto em um momento em que nos “parece” faltar referenciais. Como é do seu conhecimento, há algum tempo venho refletindo sobre tal problemática e, como resultado desta reflexão, estou concluindo um livro (A Nova Geração de Pastores ─ Uma reflexão sobre a crise de identidade na formação dos novos ministros e a escassez de paradigmas ministeriais para a nova geração). Aos que me darão o privilégio de ler a obra, constatarão que existem modelos, mas eles nem sempre estão em evidência e nem “fazendo sucesso” segundo os padrões atuais.

Oro para que este post cumpra duas finalidades cruciais: inspirar vocações e não nos deixar esquecer de nosso início. Cada incursão no tempo, além de nos oportunizar uma revisão de nossa práxis cristã e ministerial, é uma oportunidade de reafirmar nossas bases e compromisso com Quem nos chamou.
Deus continue abençoando a sua trajetória ministerial.

Amplexos pastorais

Miriam Reiche disse...

Prezado Pr Esdras,

O texto é digno de apreciação não somente pela escrita altamente apurada, mas principalmente pela emoção transmitida, o que lhe é bastante peculiar.
Além disso, tal reflexão é indispensável para que não nos esqueçamos de alguns elementos comuns à infância(ingenuidade, simplicidade, curiosidade e humildade) e necessários a todos aqueles que desejam crescer na fé e na vida. Parabéns, meu amigo!

Pastor Geremias Couto disse...

Rapaz, você quase me fez chorar!

E me fez evocar memórias distantes, que teimam em permanecer vivas no coração para que eu sempre me lembre de que nada sou, mas estou sendo, porque outros, lá atrás, além de Cristo, foram os meus referenciais. A eles sempre recorro, na história, quando me vejo em momentos críticos e sobrecarregados de nuvens que me impedem ver além.

Mas esses referenciais estão sempre ali a ajudar-me a descortinar o horizonte, que nunca se desvanece aos que creem, mesmo que às vezes pareça encoberto.

Abraços e parabéns pela linda história!

Ah... Como diz o nosso amigo Vitorino Silva, não é "barulho"; é "marulho"! Você foi longe. Foi lá nos escaninhos!

Elizabeth Pacheco disse...

Prezado Pr. Esdras,
Diante de experiências tão lindas, que servem de exemplo, para perseverar nos caminhos e nos propósitos do Senhor. A caminhada é longa, mas vale a pena trilhar. Melhor ainda é colher os frutos.
Que o Senhor continue te usando, e abençoando sua linda família, que é uma benção.
A Paz do Senhor.

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado amigo Marcello farei uma incursão em seu blog ainda hoje. Esse tema além de muito interessante é esclarecedor.
Aguarde
Um abraço

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado Pr. César, o paladino da educação cristã, honra-me sua participação no Teologia & Graça. O motivo que levou-me a narrar essas memórias foi devidamente elencado pelo amigo: falta de referenciais modernos. Todavia, inspirar vocações não era o meu objetivo, mas se for possível através desta modesta experiência, ficarei muito satisfeito. Contei essa memória para meu filho, Esdras Jr., no almoço pascal. Falei demoradamente de minha infância e trajetória na igreja. Revivi bons momentos e dei-lhe a grata oportunidade de conhecer melhor o seu genitor.
Como apontado pelo nobre colega, foi também uma “oportunidade de reafirmar nossas bases e trajetórias”, assim como o compromisso com o Senhor, que nos chamou. Sabe, para lhe ser franco, esse exercício resgatou alguns propósitos de minha vocação que estavam quase perdidos nos entraves do ministério eclesiástico. Relembrá-los foi revivê-los, como atesta o termo grego para memória.
Obrigado pela sua leitura deste episódio.
Um abraço
Esdras Bentho

Esdras Costa Bentho disse...

Cara pedagoga Reiche, já lhe disse que esse nome soa belo em um comentário bíblico: “Comentário Bíblico Reich”. Agradeço pela sua primeira participação no Teologia & Graça, é um privilégio.
A leitura que você fez desse relato é muito pertinente: resgatar alguns elementos comuns à infância - ingenuidade, simplicidade, curiosidade e humildade. Inconscientemente, talvez, era isso mesmo que eu almejava: resgatar os elementos que nos tornam pessoas mais humanas e mais próximas de Cristo. Não são esses os elementos que o Divino Mestre acentuava aos discípulos quando estes repreendiam os cordeirinhos?
Hoje, quando olho através do retrovisor de minha vida, vejo quantas coisas a vida adulta turvou, deixando para trás elementos indissociáveis da verdadeira felicidade.
Um abraço
Esdras Bentho

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado Pr. Geremias, responder uma de suas intervenções é sempre um aprendizado. Gostei muito da expressão “nada sou, mas estou sendo”. Isto me fez lembrar de que somos sujeitos em construção, todavia, diferentemente do “ser aí” de Heidegger, não somos sem os outros, mas com eles. É olhando as várias garatujas, os borrões, e as pinceladas teológicas e práticas de nossos pais, amigos, pastores, e professores que nos descobrimos na maturidade seres, embora indivíduos, mas sujeitos às influências dos comuns.
Confesso que, quando olho para o passado, refletindo sobre as coisas que eu condenava, vejo, hoje, que me sinto tentado àquilo que condenava e discriminava nos outros. Recordar os elementos pretéritos ajuda-nos a compreender o presente: o que deixamos para trás? Quais valores foram atenuados? Quantas e quais concessões fizemos? Somos, portanto, todos, pó e cinza, barros na mão do Oleiro.
Um abraço
Esdras Bentho

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezada irmã Elizabeth sou grato a Deus por sua vida e obra em nossa igreja no Recreio, RJ. Como a querida expressou “A caminhada é longa, mas vale a pena trilhar. Melhor ainda é colher os frutos.” Sim, a caminhada é longa e gostaria de acrescentar íngreme, mas jamais fútil. Vale a pena trilhar a senda cristã, colhendo os frutos se possível, mas seguindo como O Peregrino: vencendo todos os desafios.
Um abraço
Esdras Bentho

Marcelo disse...

Leio sempre suas postagens, mais essa é a que mais me fez refletir.
Seu testemunho disse ao meu coração, nunca esqueça de onde você veio e nem para onde está indo.
Saudades das aulas na FAECAD.
Abção!!!

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado irmão Marcelo, obrigado por sua participação no Teologia & Graça.
Sou grato por esta intervenção tão inteleginete: "...nunca esqueça de onde você veio e nem para onde está indo", isto só é possível de relembrar-mos nossas origens, pois quando olho para o futuro não é o que sou, mas o que pretendo ser; quando investigo o passado não é o que pretendo ser, mas o que já fui; quando contemplo o presente, vivo entre o ser que já fui, e o ser que pretendo ser, mas cuja decisão é somente minha.
Estou lendo a obra de MIROSLAV VOLF, O Fim da Memória, editora Mundo Cristã, nessa obra o autor fala muito do resgate da identidade através da memória entre alguns de seus pensamentos mais marcantes destaco:
"Quando nos lembramos do passado, não se trata apenas do passado; ele invade o presente e ganha nova vida" (p.32)

"Somos em grande parte o que lembramos de nós mesmos" (p.35)

"Na medida que nos separamos de nossas memórias daquilo que fizemos e daquilo que nos aconteceu, perdemos nossa verdadeira identidcade" (p.36)

Um abraço
Esdras Bentho

Kleber Maia disse...

Caro Pr. Esdras,

Parabéns pelo post. Admira-me a sua trajetória e a beleza poética do seu relato. Também tive a graça de nascer num lar cristão, num rincão paraibano chamado Catolé do Rocha, poucos dias após seu nascimento: 05/07/1970. Hoje, pela graça de Deus, pastoreio uma igreja em Natal/RN e ensino grego na Escola teológica em Parnamirim. Deus continue abençoando os paraibanos salvos!

Kleber Maia
www.doutrinas.blog.br

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado Pastor Carlos Kleber,minha mãe falava muito da cidade de Catolé do Rocha, não tive a oportunidade de conhecê-la quando estive visitando a Paraíba. Além de conterrâneos também temos a mesma idade e o mesmo interesse pelo grego e pela prática pastoral.
Minha intenção com o relato era resgatar algo de minha identidade que parecei estar perdida. E confesso, caro amigo, que essa mimese serviu-me de catarse, de resgate do início de minha chamada e vocação. Não fiz para receber elogios, mas para que outros tenham a curiosidade de resgatar sua identidade cristã através da memória de sua infância ou de sua chamada cristã.
Obrigado pela sua participação. Estou em Vitória, trabalhando no desenvolvimento do trabalho de nossa Convenção. Estarei ministrando a disciplina hermenêutica na segunda-feira aos pastores que comparecerem no auditório da CPAD; também será transmitido pela Rádio Web CPAD ao vivo no horário de 11 às 12 horas.
Um abraço
Esdras Bentho

FINANÇAS & DIREITO disse...

Amado Irmão e Pastor Esdras Bentho,

Mais que quase tudo é a capacidade de refletirmos sobre nós mesmos trazendo a memória, ou quem sabe, na maior das vezes,em uma ação especial do Espírito Santo, rememorando-nos da infância em Cristo, quando ainda em nossos preimeiros passos da existência, tocou-nos de forma mui especial, definindo, ainda neste momento de formação da personalidade, o nosso amor a Cristo, e por toda a nossa vida. è certamente a graça de Deus, que mantém viva em nossa maturidade a santidade dos inocentes, a pureza da infância, recriando em nós, a cada dia, o apego àquela simplicidade de relação com Deus, e dessarte, conservamo-nos firmes, e fiéis ao Santo dos Santos, essencialmente convencidos, que Ele tem velado por nós desde a tenra infância, e assim nos protegido e do mal e da aparência do mal. Louvado seja o Deus Todo Poderoso, que nos trata carinhosamente, ainda quando disformes no ventre de nossas saudosas mães.
Deus em tudo te abençoe!
Antonio Ferreira Filho

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene

Prezado Pastor Antonio Ferreira, somos gratos por sua reflexão e apego à simplicidade em Cristo Jesus. Suas palavras não apenas interpretam às minhas como também refletem de uma outra maneira minhas memórias.

Um abraço
Esdras Bentho

Valdeci do Carmo disse...

Muito ns inspira esse seu testemunho. Fico triste ao olhar o nosso atual momento pentecostal e ver nossos adolescentes e jovens partindo para outra visão concernente à igreja, pois são poucos que valorizam o ensino da Palavra, o que temos hoje sã muitos obreiros desistimulando os jovens a estuda a palavra e enchendo-os de conceitos triunfalitas. QueDeus lhe abençoe ricamente e que muitas bênçãos sejam transbordadas de sua vida para a vida de muitos que te respeita e deseja aprender mais da Palavra com tu aprendestes.

André Quirino disse...

Pr. Esdras Costa Bentho, a paz do Senhor!

Apesar de ser a primeira vez que comento em seu blog, sou um admirador seu há algum tempo. Acompanho sua participação no programa "Sala de Professores", na Rede AD Brasil; seu blog; e ouvi sua palestra "Hermenêutica fácil e descomplicada e A família no Antigo Testamento" lecionada no auditório da CPAD montado no Pavilhão de Carapina, na Serra (ES), na 39ª AGO da CGADB. Quinta-feira estarei presente lá, quem sabe me encontre com o senhor. Parabéns pelo trabalho! Que Deus continue te abençoando, usando, fortalecendo e capacitando para Sua glória. Estou sempre orando pelo senhor. Em Cristo,

Abraço!

Marcello de Oliveira disse...

Shalom!

1.Nobre Pr "Ezra" hoje tive a oportunidade de ouvi-lo por 40 minutos pela internet em sua ótima palestra sobre hermeneutica.

2. Como amante de uma ótima exegese, deixo-lhe esta pérola:

"Ninguém precisa temer a exegese, a não ser o preguiçoso ou o negligente" E. Haller

abraços, do amigo - Pr Marcello

P.s visite:

http://davarelohim.blogspot.com - e veja o texto:

Melquisedeque - Hebreus 7

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado Pr. Valdeci do Carmo, concordo com o amigo quando afirma que "nossos adolescentes e jovens partindo para outra visão concernente à igreja, pois são poucos que valorizam o ensino da Palavra". Todavia ainda encontro muitos jovens e adolescentes nas Escolas Bíblicas, de Obreiros e Conferências de Escola Dominical. Alguns que, assim como eu, desde à infância sentem-se vocacionados ao ministério da Palavra. Mas de qualquer forma não é o que ocorre com a maioria. Mas quando vejo jovens como o irmão André Quirino com pensamentos tão lúcidos e coerentes faz-me refletir que apesar de tanto triunfalismo e amenidades, Deus ainda continua erguendo jovens obreiros para sua Seara. Ainda hoje no debate no auditório da CPAD aqui em Vitória, hoje à tarde, percebemos como muitos obreiros desconhecem as doutrinas fundamentais do pentecostalismo e eles mesmos reclamam da falta de motivação pela busca do batismo no Espírito Santo. Mas esse desejo de receber o batismo no Espírito não é algo que deve ser impetrado pela própria direção através do ensino, da pregação e também de reuniões com esse propósito?
Oremos para que o Senhor abençoe rica e poderosamente nossos adolescentes e jovens.
Um abraço
Esdras Bentho

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado André Quirino, é uma honra contar com sua participação no Teologia & Graça.

Agradeço também pela atenção dispensada ao nosso breve comentário a respeito da Hermenêutica e Família no AT, transmitida pela Rede AD Brasil, Rádio Web CPAD. Espero que o breve comentário tenha acrescentado ou sido útil àquilo que o amigo já conhece.

Embora seja a primeira vez que o caro irmão participa de nosso blog, isto não significa que eu não conhecia suas intervenções no blog do amigo César Moisés, entre outros. Sempre oportunas, moderadas e inteligentes são como classifico suas participações na blogsfera cristã.

Espero mesmo conhecê-lo pessoalmente nesta semana. Já entramos em contato com vários blogueiros, Point Rhema, Geração que Lamba, entre outros. O Pastor Carlos, do Point Rhema deseja tirar uma foto com todos os blogueiros presentes. Se o irmão estiver no dia, não sei qual, será uma honra!

Um abraço
Esdras Bentho

Como Viveremos? disse...

Caro amigo Pr. Esdras,

A volta às nossas raízes é uma prática fundamental para entender um pouco de quem somos e do queremos. Porém, somente fazem esse exercício, principalmente de modo público, aqueles que possuem identidade, coragem e convicção; isso porque a socidade contemporânea está acostumada a viver do presente, com os olhos no futuro, mas relegando o passado.

Por isso, parabéns pela reflexão e pela coragem de mostrar publicamente um pouco de sua história, mais ainda pela forma profunda e devocional que o irmão escreveu.

E, identicamente ao Pr. Geremias do Couto, também fui tocado pelas belas palavras.

Grande abraço!

Em Cristo

Valmir Nascimento Milomem

PS. Peço a gentileza de retransmitir minhas saudações aos blogueiros que participam da AGO em Vitória.

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado Pr. Marcello, obrigado pela audiência e também pela reflexão de E. Haller: "Ninguém precisa temer a exegese, a não ser o preguiçoso ou o negligente". De fato, exegese é 80% de perspiração e cerca de 20% de inspiração.
Trabalho, trabalho, é assim que se realiza uma boa exegese.
Um abraço
Esdras Bentho

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado Pr. Valmir, muito obrigado por suas palavras reflexivas.
Miroslav Volf afirmou na obra O Fim da Memória (Mundo Cristão, 2009,p.35) que "somos em grande parte o que lembramos acerca de nós mesmos". Resgatar essas memórias é revive-las no presente.
No contexto da vileza nietzscheana de nosso tempo, onde camelos querem transformar-se em leão e este em menino, recordar nossas origens conforme o plano divino para nossa vida é um exercício, em minha opinião, de espiritualidade integral.
Obrigado por suas palavras...
Um abraço
Esdras Bentho

Jefferson Sarmento disse...

A Paz do Senhor Jesus,
Prezado Pr Esdras Bento, gostaria de saber como posso entrar em contato com o amado irmão para convidá-lo a vir em nossa igreja trazer um estudo bíblico para adolescentes. certo de ser atendido,
Jefferson dos Santos Sarmento

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene
Prezado Jefferson, ligue para a CPAD - 021 2406-7363 ou envie um e-mail para esdras.bentho@cpad.com.br

Esdras Bentho

Unknown disse...

A Paz do Senhor, pastor Esdras!

Na pressa pelo horário que teimava em correr, o senhor passou por mim entre uma sala e outra no centro de convenções de Salvador em 2007, o cumprimentei. O seu olhar miúdo e o franzir da testa revelava naquele instante as dores e alegrias de uma infância marcante pela escolha no sangue puro que o redimiu.
Retrato de um velho homem assassinado, de um homem forte, mas que nas desventuras da vida reconhece que fraco somos fortes nEle, seu redentor.
Que seu mergulho na obra continue sendo uma constante, que os receios de menino inocente o leve sempre à percepção de que tudo é emprestado, mas que o olhar desse novo homem em Cristo o faça enxergar longe, renovando na primavera da vida as forças como toda águia.
Que as mãos do grande Eu Sou continue com o senhor e sua familia, pastor Esdras.

Em Cristo,
Irmão André Silva
Carpina - Pernambuco
http://olhos30.blogspot.com

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene

Prezado irmão André Silva, muito obrigado por suas palavras. Senti-me emocionado com o peso poético de suas proposições. Gostei do "olhar miúdo" e do "franzir da testa" é isto mesmo na maioria do tempo, principalmente nos eventos em que estou ministrando.
Guardei o seu texto em meus arquivos pessoais. Espero usar esse texto algum dia.
Mais uma vez, obrigado - com muita emoção.

Esdras Bentho

Luiz Ricardo disse...

Paz do Senhor pastor Esdras!

Seu texto me fez lembrar de uma experiência vivida por meu pastor.

Na época, decáda de 50, ele era apenas um adolescente que cuidava das crianças no porão da Igreja em Divinópolis/MG, pastoreada, na ocasião, pelo missionário Gustavo Bergstrom.

Todos os domingos o jovem Antônio L Cerqueira (hoje Pastor Presidente Igreja Assembléia de Deus em Lavras há 52 anos)orava juntamente com as crianças pedindo a Jesus que as batizasse com o Espírito Santo. Depois de algumas semanas, Deus resolveu responder à oração do jovem, batizando várias crianças com o Espírito Santo.

Assim como o amado irmão, acredito que muitas daquelas crianças hoje são homens e mulheres dedicados à causa do Mestre.

Deus continue te abençoando.

Luiz Ricardo

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene

Prezado Pr. Luiz, obrigado por suas palavras. Acredito que muitas dessas crianças que, ali, no porão da Igreja de Divinópolis, foram batizadas no Espírito Santo tornaram-se homens e mulheres tementes a Deus. Não há fruto mais excelente do que aqueles frutificados ainda na infância.
Quando fui batizado no Espírito Santo, outras crianças também receberam a mesma graça. Ainda hoje conheço algumas que se tornaram pastor, missionários e pregadores.
Um abraço
Esdras Bentho

Ana Paula Bentho. disse...

Esdras,meu amado esposo.
Você conhece a minha apreciação por testemunhos de vida,onde obtenho experiências edificantes.
Você sabe de minha preciação por livros que trazem belos relatos,como este que você faz de sua própria vida.Eu já conhecia muita coisa do que você conta aqui,mas comoveu-me a sua revelação acerca de seu interesse em aprender sempre,em vez de "ser".Mas sendo um sábio aprendiz,você tornou-se um mestre de valor. Glória a Deus pela posição que ele lhe reservou em seus planos.

Louvo a Deus, também,por sua infância em Cristo. Isto deu-lhe experiência para criarmos os nossos filhos,Esdras jr. e Philipe, no caminho do céu.

O meu coração é eternamente grato ao Senhor por me haver presenteado, um dia ,trazendo você á minha vida.
Que Deus continue a abençoá-lo e a conservá-lo assim.
Amo-o por tudo que você é.
Beijos e amor.

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene

Querida Ana Paula, meu amor, suas palavras me aquecem o coração. Seu discernimento dos fatos episódicos de minha infância, descreve sua grande capacidade de conhecer a natureza humana, principalmente a deste pobre mortal que anela diariamente por tua atenção e carinho.
Sou devedor de teu amor, carinho e dedicação.
Obrigado por tornar dia-a-dia a minha vida mais feliz, mais cheia de cores, aromas e sabores. Sempre lhe disse que você é uma mulher santa, piedosa e temente a Deus. Tenho aprendido mais com seus gestos do que você com minhas palavras.
Te amo
Esdras Bentho

claudiopimenta disse...

Bela infancia, o Senhor foi batizado com o espirito santo quase um ano antes de eu nascer
Que bela historia de um crente verdadeiramente pentecostal: interesse pelas sagradas letras,zelo pelas coisas santa ,equilibrio e todas as outras qualidades cristas

Ev. Leonardo Novais de Oliveira disse...

Olá Pastor e Professor Esdras, Paz seja convosco.

Meu nome é Leonardo Novais e sirvo ao Senhor na Igreja AD Missão aos Povos em Uberlândia, na qual o senhor ministrou há uma semana atrás.

Fui extremamente abençoado em participar daquele evento e finalmente encontrei alguém com formação teológica que acredita e ensina que devemos investir na formação acadêmica.

Sempre tive esta ideia e o senhor me deu esperanças de continuar trabalhando para que os obreiros da igreja crescam no conhecimento e não somente na graça.

Que o Senhor lhe abençoe ricamente em Cristo Jesus.

Abraços, Leonardo.

TEOLOGIA & GRAÇA: TEOLOGANDO COM VOCÊ!



Related Posts with Thumbnails