- O estudo moderno da koinē deve-se ao labor, erudição e persistência do papirologista e pastor Gustav Adolf Deissmann (1866-1937).
- Durante muitos anos, especialistas estudaram o grego neotestamentário considerando-o uma língua sagrada, enquanto outros acreditavam que se tratava do ático ou clássico. Os primeiros liam o Novo Testamento considerando o grego uma língua reservada, sagrada, especificamente usada pelo Espírito Santo para comunicar a vontade de Deus aos homens. Os últimos, no entanto, estudavam-no aplicando ao texto a gramaticalidade dos aticistas.
- O próprio Deissmann afirmou que desde que o grego bíblico se transformou assunto de ocupação teológica, o texto sagrado recebera as mais conturbadas opiniões a respeito de sua identidade (1901, p. 63).
- Porém, em 1895, na obra Bibelstudien (Estudos Bíblicos), Deissmann divulgara que o grego neotestamentário não era o ático e muito menos uma língua hermética. Segundo o erudito "Paulo não falou a língua do poeta Homero, dos tragedistas ou de Demóstenes", mas o grego koinē, semelhante ao da Septuaginta.
- Essas conclusões não ocorreram fortuitamente. Enquanto estava fazendo as pesquisas que lhe era comum na biblioteca da Universidade de Heidelberg, o perspicaz papirólogo percebeu que a linguagem dos recentes manuscritos publicados em Berlim era perfeitamente similar a do Novo Testamento, chegando à conclusão de que a linguagem neotestamentária era o koinē, a língua pós-clássica.
- Em sua monumental obra Bibelstudien, Deissmann discorreu pormenorizadamente a respeito da similaridade entre o grego neotestamentário e a língua comum do período alexandrino.
- Não se tratava do grego clássico e muito menos de um dialeto hermético usado pelo Espírito para comunicar a revelação bíblica, mas tão somente de um dialeto com matiz variada da cultura popular e das variações dialetais helênicas.
- Ainda assim, alguns gramáticos entendiam que o grego usado para escrever o Novo Testamento deveria ser considerado "um grego bíblico". Porém, as descobertas de fragmentos e manuscritos neotestamentários e seculares provaram mais e mais a relação entre os vocábulos do "grego bíblico" com a linguagem comum da agorá. A linguagem era a hē (re) koinē, usada pelos inúmeros comerciantes em suas permutas na Síria, Galiléia, Egito ou Roma.
- Desde então estudiosos de todos os continentes, entre eles, Moulton e Robertson presentearam os acadêmicos de teologia com suas gramáticas e sínteses filológicas do grego neotestamentário.
2 comentários:
Meu querido Pr.Esdras,quanto mais eu leio as suas excelentes postagens,tenho mais vontade de obter conhecimento. Sempre fico aguardando a sua proxima postagem. Um forte abraço meu querido Pastor. APAZ DO SENHOR!
Querido irmão quero primeiramente parabeniza-lo pelo trabalho que faz atraves da internet levando a palavra de Deus para muitas pessoas. Eu como representante da juventude Shekinah da Assembléia de Deus ministerio Montese em quixeramobim ceará gostaria de contar com sua colaboração em um projeto que estamos idealizando e coma permissão de Deus iremos concretiza-lo: Estamos iniciando um projeto que levem as pessoas a aprenderem mais da palavra de Deus.Trata-se de uma biblioteca evangélica.Creio que em sua cidade isso não deva ser uma novidade mas aqui isso faz-se totalmente necessário.Para realiza-lo precisamos da colaboração dos irmãos com doações de livros evangélicos para que nós possamos iniciar esse projeto.
desde ja agradeço
Jhéssica Viana de Almeida
contato:(88)9227-8199
e-mail: jhessy.v@hotmail.com
blog:ebd-adolescentes.blogspot.com
rua samuel lopes n°57
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compl. próximo a serraria são paulo
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